"As piras de Angel..."

Dedico este blog ao Amor e às incógnitas da vida, responsáveis pelos mais belos insights. Caminhando rumo à evolução do corpo, da mente e da alma, eternamente...

"Espíritos fortalecidos de paz deixavam de chorar, neste tempo, grandes energias passeavam aos corações. Fomos lançados ao infinito..."

quinta-feira, 13 de março de 2008

Operando em outro Sistema

Desde que me conheço por gente, eu olhava para o céu e ficava imaginando como seria tudo lá em cima, lembro que quando tinha 12 anos eu conversava com uma prima sobre o sentido da vida e do porque estamos aqui neste mundo...e eu me achava adulta nessa idade...hoje vejo que estava longe de ser adulta....poxa! eu tinha 12 anos...
De lá pra cá dúvidas como essas sempre me perseguiram...crises existenciais...e uma curiosidade enorme em relação ao universo que nos cerca, mas muita curiosidade mesmo!
Me emociono de lembrar desses pensamentos da minha infância...pois eram muito parecidos com os que tenho hoje...a mesma presença que sentia lá, continuo sentindo aqui!
Hoje...lembrando disso...me pergunto...

Por que?

Por que pensamentos como esses sempre vinham na minha cabeça? Por que muitos sonhos que tenho tem a ver com essas dúvidas? Por que é tão difícil encontrar quem pense assim também?
Teoricamente, se estamos nesse planeta, é para vivermos, sermos felizes e ponto!

Mas não é o que parece ser...é o que eu queria que fosse...mas não é o que eu sinto que seja...sinto que é algo tão imensurável, tão grandioso, tão espetacular...que não temos como entender isso. Funciona como em um programa de computador, o Windows e o Linux por exemplo, cada um é um modo de pensar, um tem seu próprio modo de operar, e um não “entenderia o pensamento” do outro, pois operam de modo diferente, em linhas de “raciocínio” divergentes (não entendo bulhufas de programas, mas a idéia é essa).
Pois é...as vezes parece que operamos como um Windows...mas a Verdade opera em Linux, ou vice-versa...


A verdade existe, mas está atrás de toda uma massa de suposições humanas...e o primeiro caminho para chegarmos a ela é tentando operar em outro sistema (não abandonando o nosso também), em outra linha de raciocínio, sim, é difícil...mas necessário! ver como somos seres ignorantes já é um passo!
Sim...ignorantes! o ser humano consegue ter pensamentos excelentes e admiráveis...mas tb consegue ser dono das mais medíocres idéias...se fechando num mundo só dele...numa realidade que só existe para ele...sem dar ouvidos as possibilidades da vida.
Não estou dizendo que sou a dona da verdade aqui...pelo contrário, estou aqui para dizer que nada sei...mas ao mesmo tempo me vem idéias do que possa ser...
Outro passo é estudando, estudando sobre tudo, mas a princípio sobre nossa Antiguidade, Gênesis, Apocalipse, toda a história antiga em geral...(to ficando louca)
Tenho flashs que me vem na cabeça o tempo todo...flashs de um mundo novo, de um universo novo e diferente do que temos idéia...de um sentido da vida e da não-vida COMPLETAMENTE diferente do que achamos que seja...
O terceiro passo é sentir, sentir a magia das coisas, a transcendência...sentir o que o interno tem para nos mostrar e o que o externo tem para nos revelar!
Nossa, adoro quando eles aparecem...esses insights que me perseguem!
Vem mil pensamentos na mente....mas quanto mais eles aparecem...mais dúvidas surgem por fim...mas depois das dúvidas...vem as certezas...as certezas de algo que está “próximo” de como as coisas realmente sejam! mas não sai disso! isso me deixa aflita demais! não consigo ver por trás disso tudo! que coisa!

O problema é que parece que estou andando em círculos...têm vindo sempre as mesmas coisas na minha mente...as mesmas possibilidades...nada de novo! nada de concreto!
ou talvez não...acho que to ficando louca...não...
já estou assim há tempos!

domingo, 2 de março de 2008

Casamento e Espiritismo

Desconfio muito das coisas, inclusive desse texto que estou postando...mas algo nele me chamou a atenção. Não estou afirmando ser verdade (longe disso), mas sim postei para uma reflexão de algo que possa ser verdade...acho importante abrir a cabeça para ouvir qualquer opinião.

"Na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir.
Classificação dos casamentos:
Acidentais: Encontro de almas inferiorizadas, por efeito de atração momentânea, sem qualquer ascendente espiritual.
Provacionais: Reencontro de almas, para reajustes necessários à evolução de ambos.
Sacrificiais: Reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o objetivo de redimi-la.
Afins: Reencontro de corações amigos, para consolidação de afetos.
Transcendentes: Almas engrandecidas no Bem e que se buscam para realizações imortais.
Evidentemente, o instituto do matrimônio, sagrado em suas origens, tem reunido no mesmo teto os mais variados tipos evolutivos, o que vem demonstrar que a união, na Terra, funciona, às vezes como meio de consolidação de laços de pura afinidade espiritual, e, noutros casos, em sua maioria, como instrumento de reajuste.
Nos casamentos acidentais teremos aquelas pessoas que, defrontando-se um dia, se vêem, se conhecem, se aproximam, surgindo, daí, o enlace acidental, sem qualquer ascendente espiritual.
Num mundo como o nosso, tais casamentos são comuns.
Nem laços de simpatia, nem de desagrado.
Simplesmente almas que se encontraram, na confluência do caminho, e que, perante as leis humanas, uniram apenas os corpos.
Esses casamentos podem determinar o início de futuros encontros, noutras reencarnações.
Quanto aos casamentos provacionais, em que duas almas se reencontram em processo de reajustamento, necessário ao crescimento espiritual, esses são os mais freqüentes.
A maioria dos casamentos obedece, sem nenhuma dúvida, a esse desiderato.
Por isso existem tantos lares onde reina a desarmonia, onde impera a desconfiança, onde os conflitos morais se transformam, tantas vezes, em dolorosas tragédias.
Deus uniu-os, através das leis do Mundo, a fim de que, pelo convívio diário, a Lei Maior, da fraternidade, fosse por eles exercida nas lutas comuns.
A compreensão evangélica, a boa vontade, a tolerância e a humildade são virtudes que funcionam à maneira de suaves amortecedores.
O Espiritismo, pela soma de conhecimentos que espalha, tem sido meio eficiente para que muitos lares, construídos na base da provação, se reajustem e se consolidem, dando, assim, os primeiros passos na direção do Infinito Bem.
O Espírita esclarecido sabe que somente ele pagará as suas próprias dívidas.
Nenhum amigo espiritual modificará o curso das leis divinas, embora lhe seja possível estender os braços generosos aos que se curvam ante o peso de duras provas, entre as quatro silenciosas paredes de um lar.
O Espírita esclarecido, homem ou mulher, aprende a renunciar, a benefício de sua paz e do seu reajuste.
E o faz, ainda, porque tem a inabalável certeza de que, se fugir hoje ao resgate, voltará, amanhã, na companhia daquele ou daquela de quem procura, agora, afastar-se.
A humildade, especialmente, tem um poder extraordinário de harmonização dos lares, convertendo-os, dentro da relatividade que assinala todas as manifestações da vida humana, em legítimos santuários onde o destino dos filhos possa plasmar-se nas exemplificações edificantes.
Agora os casamentos sacrificiais. Esses reúnem almas possuidoras de virtude e sentimentos opostos. É uma alma esclarecida, ou iluminada, que se propõe ajudar a que se atrasou na jornada ascensional.
Como a própria palavra indica, é casamento de sacrifício, para um dos cônjuges.
E o sacrificado tanto pode ser a mulher como o homem.
Não há regra para isso.
Temos visto senhoras delicadíssimas, ternas e virtuosas, que se casam com homens ásperos e grosseirões, de sentimentos abjetos, do mesmo modo que existem homens, que são verdadeiras jóias de bondade e compreensão, consorciados com mulheres de sentimentos inferiorizados.
A isso se dá, com inteira propriedade, denominação de casamentos sacrificiais.
Quem ama não pode ser feliz se deixou na retaguarda, torturado e sofrendo, o objeto de sua afeição.
Volta, então, e, na qualidade de esposo ou esposa, recebe o viajor retardado, a fim de, com o seu carinho e com a sua luz, estimular-lhe a caminhada.
É o vanguardeiro, compassivo, que renuncia aos júbilos cabíveis ao vencedor, e retorna à retaguarda de sofrimento para ajudar e servir.
O casamento sacrificial é, pois, em resumo, aquele em que um dos cônjuges se caracteriza pela elevação espiritual, e o outro pela condição evolutiva deficitária.
O mais elevado concorda sempre em amparar o desajustado.
Assim sendo, a mulher ou o homem que escolhe companhia menos elevada deve “levar a cruz ao calvário”, como se diz geralmente, porque, sem dúvida, se comprometeu na Espiritualidade a ser o cireneu de todas as horas.
Os casamentos denominados afins, no sentido superior, são os que reúnem almas esclarecidas e que muito se amam.
São Espíritos que, pelo matrimônio, no doce reduto do lar, consolidam velhos laços de afeição.
Por fim, temos os casamentos que denominamos de transcendentes.
São constituídos por almas engrandecidas no amor fraterno e que se reencontram, no plano físico, para as grandes realizações de interesse geral.
A vida desses casais encerra uma finalidade superior.
O ideal do Bem enche-lhes as horas e os minutos.
O anseio de Belo repleta-lhes as almas de doce ventura, pairando, acima de quaisquer vulgaridades terrestres, acima do campo das emoções inferiores, o amor puro e santo.

Todos nós passamos, ou passaremos ainda, segundo for o caso, por toda essa seqüência de casamentos: acidentais, provacionais e sacrificiais, até alcançarmos no futuro, sob o sol de um novo dia, a condição de construirmos um lar terreno na base do idealismo transcendental ou da afinidade superior."
Estudando a Mediunidade, Martins Peralva