"As piras de Angel..."

Dedico este blog ao Amor e às incógnitas da vida, responsáveis pelos mais belos insights. Caminhando rumo à evolução do corpo, da mente e da alma, eternamente...

"Espíritos fortalecidos de paz deixavam de chorar, neste tempo, grandes energias passeavam aos corações. Fomos lançados ao infinito..."

domingo, 21 de janeiro de 2024

Paraíso...

Fala- se tanto no Céu, o Paraíso... aquele lugar para onde vão as boas almas após a morte do corpo físico.

Acredito neste lugar, até porque já senti por raras vezes a presença de seres muito puros e evoluídos  num lugar distante, mas em sintonia comigo nestes raros momentos.

Esse Paraíso pode ser um lugar, ou um tempo diferente do nosso, mas também pode estar presente de outra forma no nosso coração.

E é desta outra forma de Paraíso que venho refletir hoje. O Paraíso do coração.

Sempre pensei isso, desde que me tornei mãe.


Ver meu filhinho dormindo lado a lado... aquele rostinho, aquele cheirinho dele, o toque daquele corpinho, da bochecha, dos cabelinhos, é uma cena que já me transportou para um verdadeiro Paraíso. Um paraíso de sentimentos. Dos mais puros.

Minha filha me olha nos olhos e diz: "mamãe, eu te amo, você vai viver para sempre". O Paraíso.

Eu os "amasso" na cama ouvindo gargalhadas. O Paraíso.

Eles correndo felizes pelo jardim. O Paraíso.

O abraço apertado da minha filha. O Paraíso.

Não falo apenas de bons e felizes momentos, esses há outros mais. Mas falo de um sentimento súbito de um amor inexplicável, de uma contemplação que tranborda a alma a ponto de nada mais poder ser tão belo... e isso seria o Paraíso, um encontro com Deus, um encontro com tudo e com nada ao mesmo tempo.

Sou uma mãe que ama ser mãe, eu não preferiria outra vida... dou tudo por meus filhos e sou dessas que não os larga, eles são meus parceiros em tudo, assim como eu fui da minha mãe.

Eu quero acordá-los com beijos e amassos.

Quero eu mesma preparar o café da manhã. A primeira frase do meu filho de todo dia é "mamãe, corta melão e mamão".

Eu quero dar o banho... esfregar a espuma nos cabelinhos ouvindo as histórias deles e os vendo brincar (ou brigar).

Quero impor limites, falar firme, segurar a mão quando necessário, fazê-los entender a importância de arrumar as camas ou tirar o prato depois das refeições. 

Não dá-los tudo o que querem. Eles não precisam ter ou acumular tantas coisas.

Sei que eles precisam de mim sempre, mas eu preciso deles da mesma forma, preciso amá-los. Sou mãe. E o papel da mãe é cuidar, zelar, educar, amar. Serão poucos anos até suas asas abrirem aos poucos. É um tempo que não voltará.

Mas agora voltando ao paraíso...

Sei que Deus e os anjos estão presentes além da matéria, além de todo esse mundo orgânico e material, sei que temos que valorizar a alma e abandonar os desejos primitivos e prazeres mundanos, mas o paraíso ao qual me referi aqui é sobre muito mais do que apenas um prazer proporcionado pela matéria, mas sim de uma dimensão de beleza que a própria matéria, através dos nossos sentidos, pode fazer nossa alma experimentar... e nos transportar para junto de Deus.


domingo, 26 de fevereiro de 2023

Aquele anjo...

Eu estava deitada na minha cama com meu bebe ao lado, mas era um quarto com detalhes um pouco diferentes mas era o meu quarto.




Em uma estante ao lado haviam dois enfeites de anjo, um ao lado do outro, eram anjinhos em forma e com carinha de bebê. 

Deitada, abri os olhos, olhei para a estante e vi o anjinho menor (talvez de uns 30 cm de altura) e todo prateado, ele caiu no meu colo na cama, o segurei e então já coloquei ele ao meu lado, um momento do sonho que não lembro muito dos detalhes desse anjinho e não tive muita interação com ele.

Olhei para a estante novamente e de repente como que num passe de mágica, o segundo anjo (um pouco mais alto e maior que o primeiro) foi ganhando uma luz amarela e opaca, a mesma luz que surgiu em raros sonhos muito reais que tinham alguma mensagem divina.

Aquele que era um enfeite de anjo começou a se mexer, com uma mistura de dourado, perolado e banhado por aquela luz que não era reluzente, mas sim opaca iluminando apenas o anjinho.

Por um momento me assutei pois não acreditava que eu presenciava aquele enfeite ganhar vida, mas procurei manter a calma e observar. Lembro perfeitamente dos detalhes dos movimentos do corpinho dele se mexendo como que em uma animação, mas impossível colocar em palavras o que vi.

Com seus movimentos ele acabou caindo da estante no meu colo (era justamente a intenção dele), assim como o primeiro anjo. E então eu o segurei com as mãos frente a frente, rosto com rosto, bem próximo, pois eu ainda estava deitada de barriga pra cima.

Por fração de segundos ele me olhou sereno, em seguida virou devagar o rostinho para o seu lado direito com direção para cima. Então pude ouvir sua pequena voz que disse: "Pai". E voltou o rosto para mim, concluindo seu objetivo. 

Seu rosto se proximou ainda mais do meu, senti uma mistura de medo do desconhecido afinal era um enfeite que ganhava vida nas minhas mãos indo se aproximando do meu rosto prestes a me tocar, mas como senti algo bom, mesmo com certo receio tentei deixar meu medo de lado e me permiti que ele se aproximasse ainda mais do meu rosto. Ele então deu um beijo na minha bochecha direita, um beijinho suave, breve, pequeno e imenso ao mesmo tempo. Um carinho. Então tudo desapareceu, acordei, mas dentro de um outro sonho, até de fato acordar e me lembrar de tudo.

Foi nesta semana, na noite do dia 20 para o dia 21 de fevereiro, um sonho especial, na verdade posso dizer com certeza que foi um encontro em forma de sonho, e não apenas um sonho.

Na internet consegui algo mais próximo da imagem daquele anjo, mas não se compara ao que realmente vi naquele breve encontro de um ser que talvez queria "apenas" me mostrar a presença de Deus e me fazer sentir ainda mais amada. 

domingo, 2 de outubro de 2022

Um pouco de mim...


Lá se foi o mês de setembro... o meu mês e dos meus filhos!

Com ele ficou um pouco de mim aqui dentro... do que fui e do que sou.

Daquela menininha linda que amava conversar com as plantas e com as árvores... que ficava horas andando pra lá e pra cá inventando e cantando músicas. Que amava olhar pro céu ver as estrelas e os planetas no telescópio.
Que amava filosofar... desde cedo ficava parada olhando pro nada pensando na vida.
Me lembro de noites nas férias em que eu e minha prima filosofávamos cada uma já deitada em sua cama no quarto escuro... nós duas buscando respostas da vida... eu tinha 11 anos.

Tinha medo do escuro... as vezes ouvia barulhos, outras até sentia coisas ruins sem enxergar nada.
Amava o mar... mas tinha um medo inexplicável de tsunamis, e ate hoje me da uma coisa ruim de imaginar uma onda gigante.
Amava mergulhar... é preciso mergulhar a cabeça para sentir o molhado das águas... e até hoje sou assim.
Questionava a vida... Deus... a morte... vida inteligente fora da Terra. Buscava respostas no sol, na lua, nos átomos... no meu coração.
Era intensa.
Buscava a transcendência do Ser... do amor.

Me sentia mal quando alguém no colegio tirava sarro de algum outro colega... era como se eu sentisse a dor do outro e aquilo me fazia mal.
Fora de casa era muito tímida... tinha vergonha de falar uma palavra, mas eu nao queria ser daquele jeito, eu queria falar mais e ser mais expansiva... sentia que precisava disso, mas minha timidez nao permitia.
Nas festinhas americanas do colégio eu tinha vergonha de dançar com algum menino e recusava o convite... eu queria dançar... mas tinha vergonha.

Hoje essa menininha se tornou eu mesma... 

Na adolescência sempre tive mais amizades com homens do que com mulheres. Os homens eram mais práticos, as mulheres falavam o tempo todo mal de alguém, era muito ruim, sentia que meu lugar não era ali.
Quando minha amizade com os homens começou, passei a me sentir mais em casa, era tudo mais leve... era falar de música, de pensamentos ou dar muita risada com besteiras da vida. Com as mulheres eram muitas críticas e julgamentos, coisa que eu nunca me senti a vontade em fazer.
Passei por um momento de depressão e foi quando conheci a dança do ventre... que mudança interior!
Quando menos percebi, aquela timidez toda foi embora dando lugar a Angelica como ela realmente era. Impressionante o quanto uma dança feminina pode mudar sua percepção de mundo e de si. Passei a ter autoconfiança, isso foi o que mais mudou. Até minhas colegas de dança eram mulheres diferentes... não era aquela coisa só de falar mal e julgar... eram mais livres, era tão bom a companhia delas!

Desde então consegui expressar meus sentimentos, minhas vontades, meus desejos... mas também a freá-los quando era necessário. 

Sempre sentia que tinha alguém especial pra mim no futuro, de um jeito diferente. Sempre gostei do romance... de flores, de abrir a porta do carro... essas coisas que parecem bobas mas que tornam tudo tão mais leve, mais gostoso, mais colorido.

Um belo dia vi um vídeo na internet sobre os bastidores de um matadouro. Fiquei paralizada olhando a tela do computador, chorei e algo mudou muito dentro de mim. Naquele mesmo dia saí do trabalho pra almoçar e quando vi um pedaço de frango no buffet não consegui comer. Faz 10 anos desse dia.
Uma revolta tomou conta do meu coração e eu precisava fazer algo pra mudar aquilo tudo... busquei grupos e descobri que eu não estava sozinha, que ja haviam mais pessoas na ativa, trabalhando para mostrar para os outros que aquele habito, de se alimentar com pedaços de animais, estava errado. Antes eu achava que era um mal necessário até perceber que era justamente o contrário, que aquilo tudo não fazia bem para nosso corpo.
Foram anos na ativa como voluntária até me tornar mãe. 
Hoje minha prioridade é esse início da maternidade, esse breve pedaço de tempo que logo ficara só na lembrança.

Hoje ainda tenho muito o que melhorar... crescer e fazer sempre bem aos outros e à mim.

Nossa, eu teria tanto pra falar de mim... um dia espero muito poder concluir e publicar meu livro, no qual falarei muito mais... por enquanto... fica aqui um pouquinho de mim.

Que os anjos e Deus me guiem sempre para que eu possa ajudá-los a fazer o que vim aqui pra fazer. 





segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

O lilás dos céus


O céu hoje ficou lilás, minha cor preferida.
Leve, delicada, cheia de amor com um toque de espiritualidade.
Pra muitos pode ter sido apenas um céu bonito, pra mim foi cheio de significados.
Foi como um presente, um suspiro de esperança depois de um dia difícil, de dias mais intensos, mais pesados cheios de dúvidas.
Quando nos damos conta de que não sabemos nada.
Do quanto nossa pele precisa tocar, assim como o toque do meu bebê me traz a mais pura energia, reabastecendo... retribuindo a mesma energia à ele, meu filho amado.
Temos que buscar transcender sempre... mas também devemos ter a consciência de que somos parte de um mundo orgânico, o espiritual ainda não nos cabe por inteiro, caso contrário nossos olhos, ouvidos e todos aqueles que captam os sentidos não haveriam a necessidade de existir. 
Não se pode pensar em vivenciarmos os sentidos físicos apenas pelo instinto ou naquilo que é necessidade, mas na sua transcendência de fato, pois o físico, o material, também pode transcender.

Sou grata à absolutamente tudo que tenho na minha vida e no meu coração, e espero poder agradecer por anos e anos, cuidando, amando, tocando. Transcendendo no espiritual e no material. Sou grata por ter me sido dada a experiência corpórea, de tocar meus filhos, sentir meu perfume de lavanda, o sabor salgado das lágrimas, o som dos grilos como escuto agora.
Só podemos sentir a tudo isso pois somos feitos de matéria. Um anjo em outro plano por aí a fora muito provavelmente não tenha essas sensações. As sensações e percepções de um mundo espiritual devem ser outras, talvez algo mais próximo como tocar e enxergar com o coração, o coração da alma que acredito jamais morrer mas aí é algo que não nos cabe saber.

Como sempre digo, esse blog é meu cantinho virtual de idéias, desabafos para o além, nunca para pessoas específicas. Aqui eu gosto de refletir e compartilhar pensamentos e sentimentos.

E talvez seja mesmo o momento de me recolher um pouco... assentar tudo isso que está aqui dentro.
Dar um tempo de redes sociais ou de qualquer outra coisa que me traga sentimentos negativos ou que cubra como uma cortina aquilo que eu realmente preciso enxergar.
Aproveito o momento pra escrever mais, meu livro está a caminho. Acho que tudo tem o seu momento, e de repente senti que esse era o momento de concretizar um livro.

Os grilos cantam por aqui... Olhos baixos e peso nos ombros.
Preciso repor as energias.
Boa noite Vida, estou bem cansada mas também sou apaixonada.


sábado, 25 de dezembro de 2021

Segundo Sonho

 Eu e o mundo dos sonhos...

Este quero registrar, por se tratar de um sonho repetido, embora não tenha sido bom.

Esta semana sonhei que estava no banheiro e de repente vi muitas pintinhas vermelhas no meu corpo, principalmente na lombar e na barriga. Na lombar eram tantas as bolinhas que estavam tão próximas que chegavam a se encostar formando quase que uma coisa só.

Eram manchinhas de um tom de vermelho bem escuro, não aquele vermelho que fica na pele na cor de um arranhão por exemplo, mas um tom mais forte como se fosse um vermelho/roxo. Foi desesperador. Eu olhava pelo espelho assustada, meu marido também estava vendo e surpreso e assustado. E naquele desespero acho que acordei e não lembro mais.

O curioso é que já tive um sonho outra vez com várias manchinhas/pintinhas vermelhas no corpo, mas faz tempo, como não registrei não lembro-me da data nem como foi exatamente.

Nos dois sonhos a sensação foi a mesma. De algo que me pegou de surpresa surgindo de repente e me gerando muita preocupação e medo do que era.

Nesse mesmo dia também sonhei que eu, meu marido, minha filha e meu bebê visitávamos a minha mãe no cemitério. Estávamos lá caminhando assim como muitas outras pessoas também caminhavam visitando seus entes queridos, estava movimentado. Mas apesar de ser num cemitério este sonho não foi ruim, ao contrário do das manchinhas.

Se alguém que estuda sonhos souber e puder me dizer o que significa esse sonho com manchinhas, agradeço.


segunda-feira, 5 de abril de 2021

Sonho Sem Fim


Fazia tempo que queria falar dela aqui... uma música que gosto de uma maneira especial desde pequena, como tantas outras do Yes.

Além de ser uma das minhas bandas favoritas, a canção traz uma bela mensagem. Vida, escolhas, momento de renascimento, amor e luz.

Dividida em 3 partes... Silent Spring, Talk e Endless Dream. Todas elas se complementam e tornam-se só. A última parte é minha preferida, mas sei que ela só é o que é também devido às outras que a antecedem. É como não pular etapas... tudo tem o seu momento. 

Inicia forte, a bateria e a guitarra de cara nos mostram como será a vida... forte, pesada, intensa, prepare-se para vivê-la com sabedoria.

De repente chega a tranquilidade do piano... e Trevor Rabin inicia suas palavras, aliás, sou super fã dele!

Mais notas do piano e entra a voz de Jon Anderson... a canção segue bela com suas mensagens.

Na última parte, Sonho Sem Fim... a guitarra de Trevor, impecável e intensa, assim como uma cortina que se abre dando inicio à um espetáculo, se abre de forma intensa, para que as vozes nos tragam mensagens de esperança, lucidez e transcendência. 

*Com o fone de ouvido fica ainda melhor!


Sonho de Fim

Mantenha sua cabeça erguida pois você sabe
Vem um longo caminho, um longo caminho
Sujo como um fugitivo sem nada a dizer
Tentação pode virar esperança, sua visão não se engana
Em nome de Deus você pode ser forçado a fugir

Andando sempre em frente para o único lugar que você conhece
Acompanhando por um indiscrição
Mudando conforme você for
Tentação pode virar esperança e sua
Consciência não esconde
A maior viagem que você fará será dentro de você.

É a última vez que eu digo a mim mesmo tudo
Me chame e então traga-me de volta
É a última chance de dizer a mim mesmo
Que eu acredito
Seu eternamente é meu e tudo o que eu preciso

Agora vida diga-me, agora em seus braços 
Tudo o que eu realmente preciso é você ao meu lado
Eu canto isso para para você e todo mundo, e tudo é que
Eu levo para você esse presente de amor

E o mundo gira, e o mundo gira
Tempo diga tudo que nós sabemos, olhamos para isso
Jesus no rádio
Defenda aquilo que conseguiu, eu darei a você descanso
Eterno imediato
A intensidade com a qual eu rezo depende de quanto você paga

É a última vez buscando nessa vida
Primeiro chamado em uma primavera silenciosa
É a primeira vez buscando nessa vida
Primeiro chamado em um primavera silenciosa
Medos agem mais profundo do que visionários
Gritos e lágrimas nunca justificam esse amor
Fale, fale, ouça!
Como as primeiras palavras que sempre se estendem
Fale fale
Como o primeiro som em uma primavera silenciosa
Fale, fale, ouça
Como as primeiras palavras que alcançam você
Fale, fale
Como o primeiro som que você começa cantar

Então espere sua vez
Olhe ao redor e veja
O maior do tempo é onde você está e realmente deveria estar
Eles falam tão alto
E tiram a esperança e paz do seu coração
Nós chamamos isso de render-se
Vagarosamente rumando ao norte
E esse sonho sem fim nos dá tudo
Nós estamos merecendo e vamos trazer isso de volta
É a última vez que digo a mim mesmo tudo isso
É a última vez que tragam-me de volta, tragam-me de volta

Quando o mundo te leva para baixo
Você pode procurar dentro de você 
Pelo amor que encontrará (e lhe trará de volta para casa)
Quando o mundo te leva para baixo
Você pode procurar dentro de você 
Quando o mundo te leva para baixo
Eu esperei por tanto tempo
Quando o mundo te leva para baixo
Você terá que jogar esse jogo da vida
Quando o mundo te leva para baixo
Então espera sua vez
Olhe ao redor e veja
O maior do tempo é onde você está e realmente deveria estar
Pois você é luz
Dentro dos seus sonhos
Pois você encontrará
É algo que me toca.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Inspiração

Você busca evoluir a cada dia?

Não apenas nos anseios e vontades, mas nas atitudes. 


Amar é cuidar. Inspiração, admiração.


Evoluir é subir um degrau conforme o tempo passa. Um degrau a cima na espiritualidade, na empatia, na emoção, no amor dentro do coração. 

Como fazer?

💡Comece julgando menos. Se tem algo na atitude alheia que você não concorda ou acha errado (na maioria das vezes é pura bobagem), procure colocar-se no lugar do outro em primeiro lugar. Todo mundo deve pensar e agir como você pra ser da maneira correta? Reflita: no decorrer de um dia você comentou a respeito da vida ou atitude de alguém de maneira negativa? Caso sim, busque entender que cada um é um e silencie a mente e as palavras. 

Preocupar-se menos com as atitudes dos outros é algo libertador, só tenho a agradecer por sempre ter sido assim em toda a minha vida. Gostaria de incentivar mais pessoas. 

Esta pessoa fez algo que lhe prejudicou? Machucou algo ou alguém propositalmente? Estes são casos isolados que merecem sim nossa reflexão ou comentários, do contrário, silencie.

💡 Olhe para dentro de você. Perceba seus sentimentos e suas atitudes. Elas são positivas? São negativas? De dúvidas ou incertezas? Não se culpe pelos seus sentimentos, mas busque perceber o porque deles existirem em você e abrace-os sem culpa. É somente refletindo sobre o que sentimentos que conseguimos nos direcionar para mudar ou manter certas emoções, do contrário estarão no nosso inconsciente apenas.

💡 Alegre-se com a felicidade alheia. A sua inveja além de lhe derrubar escada abaixo, transmite uma energia muito ruim para o invejado. As consequências não serão boas.

💡 Busque a simplicidade. tanto nas coisas como nas suas atitudes. Você pode mudar o mundo simplesmente mudando o mundo de alguém, de um animal ou de uma planta. O simples ato de cuidar já é algo valioso, o cuidado com o outro... nas palavras, no toque, no regar suas flores num entardecer, em uma boa mensagem ao amanhecer. Coisas que empurram o mundo lá pra cima, e nossas almas elevam-se com ele.

Ajudar em um projeto grandioso também é muito válido e de extrema importância. Mas que a gente não esqueça da simplicidade de viver.

💡 Inspire-se. Manter-se perto de boas pessoas. Acredito muito nisso, como em uma cesta de frutas. Se uma laranja apodrece, provavelmente apodrecerá as outras ao seu redor, simbolicamente falando. Com pessoas é parecido. Sim, todos temos defeitos e é preciso paciência e compreensão com o outro, mas é fato que devemos nos manter próximos de pessoas com boas atitudes, caso contrário, mesmo sem percebermos somos contagiados com atitudes negativas, estacionamos no degrau ou até mesmo somos intoxicados a caímos escada abaixo.

Por isso a importância de nos aproximarmos de pessoas que sobem os degraus do espírito. Estas nos contagiam com sua luz, nos inspiram, incentivam, e nos empurram escada à cima. São pessoas que mesmo diante de dificuldades, nos mostram a leveza e impermanência de se viver.

Você tem pessoas assim na sua vida? São raras mas há muitas delas... Seja grato por elas e busque ser também alguém de inspiração.

Inspirar o ar e respirar a vida... Buscar almas queridas, paz no coração.


"Amar é a única maneira de captar outro ser humano no íntimo da sua personalidade. Ninguém consegue ter consciência plena da essência última de outro ser humano sem amá-lo. Por seu amor, a pessoa se torna capaz de ver os traços característicos e as feições essenciais do seu amado; mais ainda, ela vê o que está potencialmente contido nele, aquilo que ainda não está, mas deveria ser realizado. Além disso, através do seu amor, a pessoa que ama capacita a pessoa amada a realizar estas potencialidades. Conscientizando-a do que ela pode ser e do que deveria vir a ser, aquele que ama faz com que estas potencialidades venham a se realizar."

Viktor Frankl


terça-feira, 2 de junho de 2020

Quem cuida de nós?

Se oramos pelos outros, quem ora por nós?
Se cuidamos dos outros, quem cuida de nós?

Longe de querer algo em troca... pois assim deve ser, mas é preciso voltar os olhos para mim mesma.


São nos momentos difíceis que conseguimos visualizar e entender certas coisas.

Até que ponto abrir mão de nossas vontades mais profundas e de nossos sonhos pelo bem dos outros é o certo a se fazer?

Doar-se, fazer pelos outros, cuidar, amar.... são coisas essenciais para nos tornarmos seres mais evoluídos, altruístas e até mesmo completos. Mas até que ponto tudo isso vale mais do que a nós mesmos?

São nos momentos difíceis que conseguimos visualizar e entender certas coisas. 
E eu entendi que sempre fiz muito pelos outros, e não o suficiente a mim mesma. 

Um bom exemplo disso foi no momento da morte da minha mãe, e se eu pudesse voltar atrás nesse dia eu faria diferente.
Ela deitada na cama do hospital, já sem consciência mas com a respiração bem forte e profunda. Fiquei ali ao lado dela, segurando em uma de suas mãos, que já estavam ficando roxas. Eu só saí do quarto para conversar com a médica ou atender ao meu telefone pra falar a respeiro dela. Mas no momento em que seu coração parou de bater, o que pude ver na minha frente, eu saí do quarto para avisar a equipe de enfermagem do que já esperávamos, tentei amparar meus avós que ali também estavam, para que fosse o menos pesado possível à eles, e à todos, cuidando ao máximo daquela situação que antes eu só via nos filmes.
E então saí do hospital pra resolver coisas do velório e enterro, apesar de inconformada, eu era a mais racional naquele momento, por isso decidimos que eu iria. Sim... eu com aquela cara de choro e grávida de seis meses, tive que escolher detalhes do velório, eles fazem um monte de perguntas sobre como deveria ser... flores, o véu que vai por cima, o tipo de caixão, velas... eu respondia ao que achava melhor, mas nada disso importava... só queria sair daquela sala, mas também sabia que era necessário que fosse feito por alguém, e alguém muito próximo à minha amada mãe, eram detalhes que já não importavam mais, mas era preciso fazer.

E aqui vem o que eu deveria ter feito e não fiz... mas só hoje me dou conta disso. No momento eu nem pensei no que eu queria fazer, somente naqueles que eu amava.
Eu poderia sim ter feito tudo o que fiz, este não é o problema, o problema foi algo que não fiz.

Exatamente quando o coração dela parou de bater, eu queria ter ficado quietinha ali, do lado dela, colocar meu rosto no dela, e orar. Orar por aquela bela alma que ali já não mais estava. Era só isso, eu e ela em conexão naquele momento intenso de passagem e mudança de vida. Como uma breve meditação, conexão... ou simplesmente ali não fazer nada, só fechar os olhos e sentir, ficar. Mas eu estava longe dela espiritualmente justamente naquele momento, resolvendo coisas e cuidando dos outros. Sinto tanto por isso, aquele momento não vai mais voltar...
Até mesmo no velório eu conversei com as pessoas queridas, mas o que de fato eu deveria ter feito foi ficar quietinha me conectando à ela.

Longe de me culpar pelo que não fiz, afinal sei que em um momento intenso como aquele, a realidade fica um pouco alterada, mas é importante refletir sobre meus anseios.
Queria muito ter feito, mas não fiz.

Este ocorrido foi apenas um exemplo. Fiz tudo aquilo para que as pessoas que amo sofressem "menos", para que fosse tudo um pouco "menos" doloroso. Mas e eu? Às vezes esqueço que existe uma pessoa aqui dentro... com vontades, emoções e sentimentos.
Se naquele momento da partida da minha mãe eu tivesse feito o que eu queria, mas que naquele momento nem me dei conta disso, eu não conseguiria dar tanta atenção à minha família ali naquele quarto... são coisas incompatíveis.

Qual o certo a fazer durante nossas vidas?

No momento, talvez seja a conexão comigo mesma... no silêncio entre uma e outra batida do coração.

O outro importa sim, e muito. Diria até mesmo que é através do fato de cuidar e amar o outro que a vida nos dá um certo sentido. Mas até que ponto devemos, mesmo sem ter consciência, ignorar a nós mesmos?


quarta-feira, 27 de maio de 2020

O curioso caso das borboletas...

Curioso como certas coisas ocorrem de forma sincronizada.

Já relatei aqui no blog a respeito das minhas sincronicidades envolvendo borboletas. Algumas vezes me deparava com elas no chão exatamente onde eu pisaria, em outra vez encontrei uma em cima do meu carro e minha mãe também encontrou outra em cima do carro dela exatamente no mesmo dia e mesmo horário. Outros foram sonhos...
Todos estes fatos curiosos já estão relatados aqui no blog.

Mas o que me levou a escrever agora é a respeito do que tudo isto pode significar, bem como de outros curiosos ocorridos posteriormente.

Manhã do dia 24 de março de 2019...
Era dia do batizado da minha filha, e tive que ir as pressas atrás do altar (era uma parede fechada) pra trocar a fralda dela, que havia feito cocô e vazado tudo na roupinha linda do batizado. Quando eu estava lá atrás durante a missa, após trocar a fralda e a roupa dela, me deparei com uma borboleta pousada sobre uma mesinha de madeira. Um sinal claro da minha mãe, tanto pela minha coincidência com ela e as borboletas nos nossos carros, como por chamarmos ela de borboletinha, e minutos antes dela partir, minha irmã disse à ela, que já estava sem consciência... "voa borboletinha, voa".

Borboleta na mesinha

Naquela mesma semana, eu, minha irmã e minha bebê, fizemos uma visita ao médico da minha mãe na clínica dele, para agradecer tudo o que ele fez por ela, conversamos bastante como sempre fazíamos nas consultas médicas da minha mãe, eu lhe contei rapidamente de um sonho que tive com ele no qual ele não estava muito bem, então disse para ele se cuidar, mas ao mesmo tempo sem o alarmar. Na saída, como de costume, ele nos acompanhou até a recepção grande e bem iluminada da clínica e continuou ali com a gente enquanto nos despedíamos das secretárias. Neste momento, uma borboleta grande entrou pela porta de vidro e voou sobre nós. Todos viram, não sei se é comum borboletas entrarem naquela recepção mas em anos indo lá uma vez na semana para as consultas da minha mãe, foi a primeira vez que vi.
Senti como uma presença da minha mãe ali, de alguma forma.
Contei para ele do ocorrido no batizado, naquela mesma semana, achando que ele fosse "debochar" pois era mais cético e tínhamos liberdade para falar de tudo... Mas ele então disse em tom sereno... "Gisele.", ele tentou colocar a borboleta pra fora, depois olhava fixo e pensativo no rosto da minha bebê. Depois ele nos acompanhou até o carro, estava bem pensativo... coloquei minha bebê na cadeirinha e antes de entrar no carro posso lembrar do seu último aceno levantando uma das mãos com um sorriso discreto de cumplicidade... naquele momento algo me veio em mente... "quando será que o verei novamente?".

Manhã do dia 24 de agosto de 2019...
Era um dia nublado e eu estava sentada na poltrona dando mamá pra minha filha quando fiquei sabendo da morte do querido médico da minha mãe, praticamente cinco meses depois da minha visita à clínica dele final de março. Não era apenas um médico, era alguém especial pra ela e para nós.
Terminei de amamentar, e ainda um pouco transtornada pela notícia, me levantei e fui até meu quarto, imediatamente me deparei com uma borboleta pousada na janela do meu quarto. Tudo de repente fez sentido, era como um sinal dele... da partida daquele grande médico. Em mais de 3 anos morando ali nunca vi uma borboleta pousar na minha janela.
Tirei uma foto para registrar... antes que ela voasse, mas ela não parecia ter pressas em voar, ficou ali parada por um bom tempo, mais de uma hora talvez. Senti claramente que era para eu ver.

Fazia tempo que eu queria postar sobre essa foto.

Manhã do dia 24 de abril de 2020...
Eu dirigia sozinha no carro ao ir para uma consulta médica, quando uma borboleta grande e preta surgiu na minha direção e bati nela com o carro, olhei rapidamente pelo retrovisor e pude ver em fração de segundos ela caída no chão.  Não deu tempo de desviar pois era uma rápida, eu estava na pista do meio, fiquei triste em ter atropelado a pobre borboleta, não gostei da sensação que tive mas logo tentei esquecer.

Curioso como estes três fatos ocorreram no mesmo dia numericamente falando, todos eles pela manhã ou final da manhã.
Mais curioso ainda, ao começar a escrever este post, que seria apenas pelas coincidências dos fatos envolvendo borboletas, me surpreendi e me assustei com uma descoberta... assim que eu recaptulava os acontecimentos, percebi e constatei que ambos ocorreram nos dias 24!

Talvez eu esteja vendo coisas onde não exista nada, afinal eu sempre fui e ainda sou um pouco idealista e sonhadora, por outro lado, sinto que possa ser algo. Mas o que?
Uma mensagem?

Alguém pode me ajudar?!

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Pra elevar a alma...

Confesso que a brisa fresca da madrugada que tocou meu rosto, também me inspirou. Mas eu já queria escrever a respeito.

Fim de tarde... Outubro de 2017

Longe de querer perder tempo de vida falando na morte, mas é por uma válida reflexão.
Uma reflexão de vida e positiva.

Por que nosso corpo, a textura da pele, timbre da voz, brilho dos olhos, dos cabelos... por que tudo isso é tão importante se um dia deixaremos tudo isso pra trás? Um dia seu corpo estará sem vida, e na terra ou no fogo se dissipará.

Talvez nosso espírito seja o X da questão. Talvez seja ele nosso maior bem, pois acredito que ele continuará.
Por outro lado, é através do corpo que vivemos, que respiramos, que experimentamos sentimentos e sensações que sem ele não poderíamos sentir. É tão complexo tudo isso que meus pensamentos estão a mil por hora, impossíveis de serem transcritos apenas em palavras aqui.

Parece um paradoxo...
Um tremendo paradoxo.

Temos que cuidar de algo que é essencial pra nossa sobrevivência aqui, mas é justamente esse algo que não terá valor algum um dia, e lá estará inerte completamente sem vida, abandonado, não no sentido de esquecimento, mas em ser deixado para trás por toda aquela energia que o movimentava.

É... parece mesmo que há algo ainda mais valioso.
Algo que para algum lugar irá... e valor também temos que dar.

Quando olho para minhas unhas, olhos, pele... me incomoda saber que são finitos, breves. Por que as pessoas dão tanta importância à tudo isso nos outros? Que superficial, não? É como se não enxergassem o profundo, o essencial. Eu mesma estou tentando exergar meu próprio "Essencial", não é um trabalho fácil. Quem sou eu além do físico?
Gostaria de enxergar, mas ainda não consigo. É complexo.

Ao mesmo tempo que me incomoda, sei que assim deve ser... e que sempre foi, desde que o mundo é mundo. E então um novo olhar abre uma grande porta.
Nela há tudo aquilo de que realmente somos feitos... uma energia infinita com incontáveis lugares a vivenciar... só que de uma forma diferente. Não sei o que há, mas me parece um pouco "lógico".

Talvez o que vale seja estar ciente dessa perda que um dia teremos, a perda do nosso próprio corpo. Mas que saibamos valorizá-lo, cuidar sim das unhas, dos nossos órgãos, olhos, cabelos e pele... buscar sentir, de maneira profunda e não superficial, tudo aquilo que nossos sentidos podem nos proporcionar... para nos elevar.

Talvez precisemos desses sentidos proporcionados pelo corpo físico para que nossa alma vivencie o que precisa vivenciar para evoluir.
É como sentir aquela brisa tocando o rosto... traz a sensação de paz, a alma de alguma forma sente.
Sentir a pele macia da minha filha me energiza.
Um lindo pôr-do-sol parece penetrar nos olhos e encher a alma de vida.
Uma bela canção pode tocar não somente nossos tímpanos, mas todo o nosso Ser.
O perfume de uma flor parece nos conectar com a natureza.
O salgado da água do mar, o mesmo daquelas lágrimas de alegria... nos faz sentir vivos.

Nossa alma com certeza vivencia isso. E talvez ela precise disso ainda mais que o próprio corpo.

Talvez por isso sempre gostei tanto da transcendência das coisas... pois ela é aquele vôo que nos faz tirar os pés do chão pra vermos o céu de perto, é como beijar as nuvens sem sair do lugar.